Francano Diego Figueiredo celebra 30 anos de carreira com show no Carnegie Hall

21 - 11 - 2025- Franca

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O virtuoso compositor e violonista brasileiro Diego Figueiredo, indicado ao Grammy e reconhecido mundialmente como um dos maiores instrumentistas de sua geração, sobe ao palco do Carnegie Hall, em Nova York, no dia 30 de novembro, para celebrar seus 30 anos de carreira com o concerto solo “A Arte da Improvisação”.

No espetáculo, o músico apresenta a fusão única que o consagrou no cenário musical americano – nos últimos seis anos, seus discos ficaram entre os 20 mais tocados nas rádios de jazz do país – e internacional: o encontro entre o swing do jazz, a alma da música brasileira e a sofisticação da música clássica.

Natural de Franca, no interior de São Paulo, Diego começou a tocar ainda criança e, aos 15 anos, já se apresentava profissionalmente nos bares da cidade, ganhando seu cachê na noite, e em bandas de baile.

Aos 45 anos e com uma carreira consolidada, o violonista já se apresentou em mais de 70 países e lançou mais de 30 álbuns.

Técnica refinada

É uma vida inteira dedicada à arte. Sua música carrega a cultura brasileira traduzida em acordes que mesclam bossa nova, choro, samba, jazz e música clássica.

Essa técnica única e refinada, aliada a uma presença de palco carismática e à capacidade de improvisar com naturalidade e emoção, encanta plateias nos mais prestigiados festivais e casas de shows.

Desde 2010, o músico se divide entre o Brasil e os Estados Unidos, com residência na cidade de Sarasota, na Flórida. Por lá, ele já realizou mais de dois mil concertos. Além disso, seus últimos seis discos, lançados pela gravadora americana Arbors Records, ficaram entre os 20 mais tocados nas rádios de jazz.

“I Love Samba” é o mais recente, lançado no ano passado (ouça o disco). O álbum foi produzido pelo renomado engenheiro de gravação e produtor Jay Messina, de 81 anos, que tem na bagagem discos do Kiss, Aerosmith, Peter Frampton, George Benson, Miles Davis e o icônico “Double Fantasy”, de Yoko Ono com John Lennon.

O que diz Diego Figueiredo

“É um álbum de samba jazz, com composições próprias e originais, em que eu faço uma singela homenagem aos grandes nomes do violão brasileiro como Luiz Bonfá e Baden Powell. Algumas obras estão no repertório do Carnegie Hall”, diz Diego Figueiredo.

Sua agenda de shows abrange ainda Europa e Ásia. Vencedor por duas vezes do Montreux Jazz Guitar Competition, Diego acumula prêmios e elogios da crítica especializada. O empresário e produtor de jazz Todd Barkan o descreve como “um gênio brasileiro”.

Ao longo de sua trajetória, Diego colaborou com grandes nomes da música como Paquito D’Rivera, Randy Brecker, John Clayton, Jeff Hamilton, Gilberto Gil, João Bosco, Toquinho, João Donato, Stanley Jordan e Belchior – do qual foi parceiro durante sete anos, e muitos outros.

Sobre ele, o cantor e guitarrista norte-americano George Benson declarou: “Diego Figueiredo é um dos maiores guitarristas que já vi em toda a minha vida. O mundo precisa ouvir sua música.”

Bagagem musical

“São 30 anos ininterruptos de trabalho, sempre gravando discos, fazendo shows, passando por diversas situações da música, tocando com bandas e artistas, fazendo parcerias e estudando muito. Toda essa bagagem e dedicação me ajudaram a criar o meu estilo e, para mim, esse show simboliza o reconhecimento como representante da música instrumental brasileira no mundo”, afirma Diego Figueiredo.

No palco do Carnegie Hall, o artista fará uma viagem sonora pela “A Arte da Improvisação”, com poesia harmônica e diversidade rítmica do Brasil – um tributo à sua trajetória e ao violão como expressão universal da arte.

Durante o espetáculo, ele promete surpreender o público com composições espontâneas. O repertório também traz composições próprias de seus diversos discos, os clássicos consagrados da MPB como “Tico-Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu) e “O Trenzinho do Caipira” (Heitor Villa-Lobos), além de standards de jazz.

“É uma emoção muito grande, estou extremamente feliz em comemorar três décadas de carreira no Carnegie Hall, que é o sonho de todo músico. Estou numa expectativa fantástica porque, além de ser um dos pontos mais altos da minha jornada, foi lá, em novembro de 1962, que Tom Jobim e toda a turma (João Gilberto, Sérgio Mendes e Carlos Lyra) fez o grande show da Bossa Nova, que levou o gênero para o mundo”, diz Diego Figueiredo.

Trajetória inspiradora

Diego Figueiredo cresceu em um ambiente simples, mas profundamente musical. Seu pai era apaixonado pelo violão, pelas serestas e choro, enquanto sua mãe cultivava o amor pelos boleros e canções românticas.

A avó materna, por sua vez, tocava piano clássico, e suas harmonias e melodias despertaram no menino um fascínio precoce pela música.

Foi nessa atmosfera que tudo começou. Um bandolim, presente de um falecido amigo de seu pai, mudou o destino de Diego. Com apenas seis anos, ele já tocava de ouvido o famoso choro “Brasileirinho”, impressionando a todos pela naturalidade e talento com que dominava o instrumento.

Pouco tempo depois, o jovem músico trocou o bandolim pelo violão, e sua dedicação se tornou quase lendária: oito horas diárias de prática, estudo e paixão.

Ainda adolescente, Diego encontrou um mentor que marcaria para sempre sua trajetória: Haroldo Garcia, um médico mineiro e verdadeiro gênio da guitarra. Foi com ele que Diego aprendeu a fundir a bossa nova com o jazz, criando o estilo único de tocar que conquista cada vez mais plateias.

SERVIÇO

Diego Figueiredo – concerto solo “The Art of Improvisation” (A Arte da Improvisação)

Data: domingo (30/11), às 19h30

Local: Carnegie Hall – Nova York – Estados Unidos

Ingressos: site oficial do Carnegie Hall


Fonte - Jornal da Franca
Fonte de imagem - Jornal da Franca
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