Em 1891, o inventor americano Samuel O’Reilly patenteou a primeira máquina elétrica de tatuagem do mundo, deixando para trás as ferramentas tradicionalmente utilizadas no Ocidente.
No Brasil, a tatuagem só chegou em 1959, com o primeiro tatuador registrado no país: o dinamarquês Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido apenas por Lucky pela imprensa da época.
Seu estúdio ficava na zona boêmia de Santos, perto de bordéis, o que reforçou o estigma que a tatuagem tinha no período em que Lucky chegou ao Brasil. Os frequentadores eram principalmente marinheiros e, na porta da tattoo shop, havia os dizeres “It’s not a saylor if he hasn’t a tattoo.”, ou seja, “Você não é um marinheiro se não tiver uma tatuagem”.
O famoso tatuador morreu em 1983, aos 55 anos, deixando um legado de 45 mil pessoas tatuadas. Hoje, o Dia Nacional do Tatuador, comemorado em 20 de junho, é em sua homenagem, marcando o dia em que Lucky chegou ao Brasil, iniciando a história da tatuagem por aqui.
Na década de 60 e 70, com a popularidade do movimento hippie e da contracultura, as tatuagens ganharam espaço na sociedade, surgindo uma nova onda de tatuados, que vem crescendo até os dias de hoje.
Programas como Ink Master, Miami Ink e LA Ink ajudaram a popularizar a tatuagem no mundo, difundindo os principais avanços na técnica, desde máquinas que estão cada vez mais rápidas, silenciosas e precisas, até as tintas, que tem melhorado a qualidade dos pigmentos.
As normas de vigilância e regulamentação crescente dos estúdios também tem feito com que a tatuagem deixe de ser algo amador e estigmatizado, fixando-a como uma prática social a cada dia mais aceita e segura.
Com a sociedade cada vez mais aberta à individualidade e formas de expressão alternativas, as tattoos tem ganhado os corpos de pessoas das mais diversas idades e classes sociais, sendo que a maioria hoje é de mulheres, que já representam 59,9% das pessoas tatuadas no Brasil.